Vivemos, já faz algumas décadas, um cenário de mudanças, principalmente do ponto de vista tecnológico. Isso tem influenciado e modificado a vida da grande maioria das pessoas. Do ponto de vista da religião, isso tem se mostrado a partir da utilização do meio religioso das novas mídias, como ponto de apoio para a divulgação de doutrinas e serviços. Este presente artigo tem o intuito de apresentar essas transformações em meio à religiosidade afro-brasileira, que sempre deteve na tradição oral e familiar sua estrutura religiosa. Ao analisarmos o fenômeno dos altares virtuais, percebemos que por detrás da busca religiosa, existe, por parte das pessoas – adeptas ou não da religiosidade afro-brasileira – uma outra busca ligada, sobretudo, aos serviços oferecidos tanto pela Umbanda quanto pelo Candomblé. O mais curioso é que hoje não é mais necessária a ida ao terreiro para que tais serviços sejam realizados, pois a relação do consulente não se dava necessariamente por meio do pai ou filho de santo, mas por meio da entidade. É por isso que nos altares virtuais existe o espaço para pedidos, pois a relação do consulente, no meio virtual, se dará diretamente com a entidade espiritual, sem a necessidade de qualquer tipo de intermediário.
Leia o artigo <<<O axé na nuvem: Umbanda e Candomblé frente à internet>>> de Claudia Alexandre e Luan Rocha ou baixe diretamente no portal da revista Último Andar.
Confira outros textos de <<<Claudia Alexandre>>> publicados no Mídia, Religião e Sociedade.
Confira outros textos de <<<Luan Rocha>>> publicados no Mídia, Religião e Sociedade.