Jorge Miklos
RESUMO
Para Mircea Eliade (1992), a experiência religiosa pressupõe uma vivência nas dimensões espaço-tempo. Dessa forma, o que funda a experiência religiosa no âmbito histórico e antropológico é manifestação da hierofania no espaço-tempo, o que configura a clivagem sagrado e profano. Participar de uma experiência religiosa implica a saída da configuração espacial e temporal ordinárias e a reintegração no espaço e no tempo sagrado. É cada vez mais frequente a migração de rituais religiosos para o espaço virtual denominado de ciberespaço. Esta comunicação nasce de uma indagação: que religiosidade emerge dessa configuração espacial? A partir das reflexões de Vilém Flusser e Norval Baitello Junior acerca da reconfiguração espacial promovida pela técnica, pretende-se refletir acerca desse fenômeno, tensionando com as reflexões que promovem a celebração do ciberespaço e da tendência majoritariamente descritiva e/ou legitimadora que preside o tratamento da questão no âmbito das ciências da comunicação. O ciberespaço caracteriza-se pela relativização do espaço (até pela sua anulação), tornando irrelevante a dimensão do transporte físico de suportes ou portadores de mensagens. A desmaterialização implica o sacrifício do espaço na cibercultura.
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