Fenômenos interligados entre si e relacionados aos quadros sociocultural e político brasileiros delineados nas primeiras décadas dos anos 2000, colocaram os evangélicos (o segmento cristão não-católico romano e não-ortodoxo) em evidência no cenário do país. Trata-se do fortalecimento do grupo pentecostal, da intensa ocupação de mídias tradicionais e digitais, do crescimento do mercado gospel, da ocupação de espaços nos poderes executivo, legislativo e judiciário nos diferentes níveis do Estado, da emergência de um ativismo político dos fiéis. Identifica-se neste contexto uma nova face do conservadorismo religioso, um neoconservadorismo, na forma de reação a transformações socioculturais experimentadas no período com a abertura e a potencialização de políticas públicas voltadas para direitos humanos, em particular os de gênero. Três elementos emergem da observação destes fenômenos: a reconfiguração do lugar dos evangélicos brasileiros na política; a emergência de novas expressões de fundamentalismos no Brasil contemporâneo; as transformações na relação entre mídia e religião. A proposta deste estudo é refletir sobre estes três temas referenciando-o nos aportes teóricos das ciências da religião e na interface comunicação e política.
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