Uma leitura teológica do gênero da superaventura sob a perspectiva do papel da narrativa na invenção e na manutenção do mundo humano, mediante a abordagem de seus aspectos midiáticos, suas convenções primárias e sua estrutura mítica, considerada sua trajetória histórica e crítica. A primeira parte resgata a trajetória histórica do gênero da superaventura sob o enfoque da crítica especializada, apresentando as argumentações do psiquiatra Fredric Wertham, a criação do código de ética e autocensura dos quadrinhos e um panorama da pesquisa científica na atualidade. A segunda parte aborda a importância da narrativa na criação e na manutenção de universos de sentido e na invenção do ser humano. As narrativas são leituras de mundo que simultaneamente expressam os medos, os anseios, as esperanças e os sentidos do ser humano e sugerem como interpretar esse mundo. Em seguida, a pesquisa apresenta aspectos elementares das histórias em quadrinhos enquanto locus vivendi da superaventura, as convenções primárias que atribuem à superaventura sua razão de ser e os significados e as implicações de sua forma mítica. A terceira parte introduz a discussão acerca da teologia do cotidiano e realiza uma leitura teológica de duas histórias do gênero: Superman: Paz na Terra e Shazam: O Poder da Esperança. A superaventura torna-se palco da teologia do cotidiano, quando, por meio da forma do mito, é expressão de um senso teológico comum. A pesquisa encerra indicando aproximações temáticas, metodológicas e ideológicas entre teologia e superaventura. Teologia e superaventura lidam com os valores caros ao ser humano, com a estrutura mítica e com a faculdade humana de conceber o ideal e de acrescentá-lo ao real.
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