Não é mais possível estudar a relação entre mídia e religião, tanto na perspectiva das mídias religiosas quanto na das mídias seculares, sem se considerar a midiatização da religião e da política. Este é um fenômeno que marca o momento atual da política brasileira, em que os evangélicos se colocam na arena como um bloco organicamente articulado. Os evangélicos não são mais os crentes ou os grupos fechados de outrora. A separação social, do mundo, deixa de ser um valor evangélico da tradição fundamentalista-puritana: eles são hoje um grupo que desenvolve a cultura da vida normal combinada com a religião com presença nas mídias, moda própria, artistas e celebridades, inserção no mundo do mercado e do entretenimento. Além disso, este segmento religioso se vê fortalecido como parcela social que tem suas próprias reivindicações e pode eleger seus próprios representantes para os espaços de poder público. O ativismo digital evangélico emerge como um novo fenômeno neste processo.
Ficha Técnica
Editora: Prismas
ISBN: 978-85-5507-717-3
Páginas: 246
Edição: 1ª
Ano Publicação: 2017